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Tecelagem
A tecelagem surge quase como consequência do pastoreio, sendo o uso de lã generalizado. Por todo o concelho se tosquiava as ovelhas, fiava a lã e daí se faziam as peças de vestuário mais grosseiras, como as meias, casacos e a indispensável capucha, de uso diverso que proteje do vento e frio e conserva o calor corporal, ainda hoje utilizada mais na zona norte do concelho. Na confecção do burel era indispensável o Pisão, instrumento rudimentar, tosco e pesado, que consistia em apertar a trama e a teia de modo a torná-lo espesso e resistente. Esta acção ainda lava, desengordura e liberta os fios soltos do tecido. Após o tratamento, o tecido além de ficar com um tamanho muitas vezes três vezes inferior ao original, adquiria uma textura que o tornava praticamente impermeável à chuva.
O linho era bastante cultivado no concelho, praticamente em todos as aldeias de maior densidade populacional havia teares e tecedeiras.
Na preparação do linho conseguia-se três fios distintos. O mais fino era para a preparação do denominado puro linho (utilizado para confeccionar roupas de festa, toalhas requintadas, entre outros), um fio médio designava-se de tomentos e o fio mais grosso chascos ( resultava num tecido mais grosseiro). Destas peças fazia-se roupa, como camisas, calças, lenços, avental, toalhas, lenções, almofadas, revestimento de colchões feitos de folhelho, etc.