Município de Castro Daire


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Indíce do artigo
Património
Igreja da Ermida
Igreja Matriz de Parada de Ester
Igreja Matriz de Ester
Capela do Calvário do Calvário
Capela das Carrancas
Capela de S. Sebastião
Inscrição do Penedo de Lamas
Casa da Cerca
Casa dos Aguilares
Solar dos Mendonça
Casas nobres de Mões
Ruínas da Muralha das Portas de Montemuro
Pelourinho de Rossão
Pelourinho de Mões
Pelourinho de Campo Benfeito
Pelourinho de Castro Daire
Todas as páginas

Igreja Matriz de Castro Daire




A construção da actual Igreja Matriz de Castro Daire ter-se-á iniciado no final do séc. XVII, início do século XVIII, vindo substituir uma igreja medieval com a mesma invocação (S. Pedro).
A primitiva igreja medieval teria dimensões mais reduzidas e terá sido construída durante o reinado de D. Dinis. Diz-se que este rei, aquando da sua passagem por Castro Daire, terá dado autorização para que a pedra do antigo castelo fosse utilizada na construção dessa igreja medieval, que foi posteriormente destruída para a construção do actual templo.
O castelo referido, não era mais do que a antiga muralha do povoado castrejo da Idade do Ferro, que deu origem à Vila de Castro Daire.
Na actual igreja dominam os estilos artísticos típicos do séc. XVIII, entre os quais o Barroco e o Rococó.
Saliente-se o magnífico altar da Irmandade das Almas, um dos mais belos do distrito de Viseu, de estilo Barroco.
O cadeiral da capela-mor da igreja, de estilo Rococó, é também outra das jóias deste templo, tendo sido elaborado por Timóteo Correia Monteiro.
No exterior, destaca-se a fachada principal da igreja, de estilo Neoclássico (século XIX), e a sua torre sineira.

 


Igreja da Ermida

 



A Igreja da Ermida, classificada como Monumento Nacional, desde 1916 (Decreto nº 2303, DG 60 de 29 de Março), localiza-se nas encostas do Rio Paiva, sendo a única estrutura pertencente ao antigo Mosteiro da ordem premonstratense de Santa Maria da Ermida de Riba Paiva, que resistiu incólume à passagem do tempo.
Esta igreja foi fundada no séc. XII por D. Roberto, monge francês, e era constituída pela igreja e um mosteiro anexo, do qual restam algumas ruínas dos seus claustros.
Também é conhecida por Templo das Siglas, devido aos numerosos símbolos gravados nas pedras que formam este monumento. Pensa-se que estes símbolos são as marcas dos canteiros que trabalharam na construção do templo, servindo como método para contabilização do trabalho de cada artífice.

 


Igreja Matriz de Parada de Ester

Esta Igreja tem como Orago São João Baptista e foi Abadia do padroado real no Distrito Eclesiástico do Douro. Os documentos de 1258, as Inquirições de D. Afonso III, fazem referência a esta Igreja tal como os de 1321 e 1363, entre outros.
O interior da Igreja foi recentemente restaurado realçando a sua beleza.
Esta Igreja encontra-se em vias de Classificação.


Igreja Matriz de Ester

O Orago é S. Pedro, foi antiga Abadia da Mitra, no Distrito Eclesiástico do Douro. A sua origem é anterior à fundação da Nacionalidade. Pertenceu ao Mosteiro de São Pedro de Arouca até 1133.
O edifício que apresenta actualmente é característico dos meados do século XVIII.
Está Classificado como Imóvel de Interesse Público.


Capela do Calvário do Calvário

 




Desconhece-se a data de construção desta capela, no entanto, sabe-se devido a documentos históricos que a Capela do Calvário já existia no séc. XVI, sendo provavelmente, uma das mais antigas capelas desta vila.
Nessa altura, era dedicada a S. João do deserto, sendo que actualmente é aqui invocada a Senhora da Soledade. No entanto, a sua designação mais comum é Capela do Calvário, devido ao facto de aqui se celebrar a cerimónia do “Descimento da Cruz” na Sexta-feira Santa.
A sua aparência actual pouco deve manter do seu traço original, mercê das obras, restauros e ampliações que sofreu ao longo dos anos.
De decoração interior singela, pode-se destacar a imagem da Senhora da Soledade, a qual figura num nicho com moldura de talha do séc. XIX. Nas mísulas laterais, de talha rococó, vêem-se as imagens de S. João Baptista e Santa Eufémia, ambas do séc. XVII.
Aqui foi instituída a Irmandade das Almas em 1669, sendo que a capela é propriedade da Irmandade dos Santos Passos de Jesus Cristo (fundada em 1650).
O local onde se situa esta capela (Calvário) é um dos locais mais bonitos de toda a vila, constituindo um parque verde com vista privilegiada sobre a vila e a Serra do Montemuro.
Ao longo dos anos manteve este local uma forte ligação e tradição que o relaciona de uma forma especial com a água, existindo aqui várias fontes.

 


Capela das Carrancas

 




Foi construída em 1776, a mando de D. Manuel de Vasconcelos Pereira, Bispo de Lamego natural de Castro Daire, em conjunto com a Casa da Cerca que se ergue ao lado, servindo-lhe de capela privativa.
A capela destaca-se pela sua planta octogonal, principalmente se considerarmos o facto que este tipo de arquitectura é típica da zona de Braga e Coimbra durante o período da restauração e depois, mais tarde, associadas à figura da Rainha e regente D. Luísa de Gusmão.
Aos seus pés desenvolve-se a Fonte das Carrancas, formando uma magnífica composição com a capela no plano superior.
Uma abóbada de berço abriga o chafariz, tendo ali sido inscrito um brasão.

 


Capela de S. Sebastião

 




Escavações arqueológicas recentes vieram demonstrar que a topografia da zona foi relativamente alterada com a construção desta igreja, não tendo surgido qualquer vestígio do antigo templo, podendo tal ficar-se a dever ao facto deste último possuir dimensões mais reduzidas.
Como referido, a construção da actual igreja teve inicio no principio do séc. XVIII, no entanto só por Desconhece-se a data exacta de fundação desta capela. Contudo, fontes históricas referem que já existiria no séc. XVI.
Originalmente, encontrava-se localizada onde hoje se ergue o edifício dos Paços do Concelho, tendo sido transladada para o local actual por volta de 1860, altura em que inicia a construção do actual edifício da Câmara Municipal.
Por volta de 1713, o empreendedor abade João de Moura Andrade (responsável também pela construção da actual Igreja Matriz) inicia as obras de reconstrução desta capela.

A capela de S. Sebastião é também conhecida pelo vínculo de obrigação de missa quotidiana, instituído pelo mártir Padre Sebastião Vieira, da Companhia de Jesus, morto no Japão em 1634.
Durante largas décadas administrada por privados, foi já no séc. XVIII, e após longa disputa que a diocese de Lamego se impôs e chamou a si a administração da capela, entregando-a ao abade de Castro Daire.
Primando pela sobriedade, o seu exterior caracteriza-se pela ausência de grandes artifícios arquitectónicos.
Se o exterior se caracteriza pela simplicidade e sobriedade, já o interior da Capela de S. Sebastião é uma autêntica jóia artística.
O seu retábulo é de talha dourada e policromada de estilo “salomónico”.
O retábulo e o tecto desta capela conferem-lhe uma riqueza decorativa difícil de encontrar em templos de tão reduzida dimensão, formando uma composição de belo efeito e conferindo imagem homogénea ao seu interior, classificando-a de Imóvel de Interesse Público.



 


Inscrição do Penedo de Lamas





A inscrição Romana do Penedo de Lamas de Moledo tem sido alvo de grande admiração dos homens desde há vários séculos.
Foi objecto de numerosos estudos, uns especulativos e outros científicos.  Manuel Botelho Pereira faz  referência a esta inscrição no século XVII e desde aí muitos são os autores que se têm ocupado com a epígrafe de Lamas.
Mais tarde,  A. Tovar e M. Lourdes Albertos consideraram que esta inscrição se trataria de um ex-voto dedicado a vários deuses indígenas.
O texto distribui-se por 11 linhas, de leitura nem sempre fácil, não tanto pelo desgaste do granito, mas sobretudo devido à  existência de letras unidas, os chamados nexos, assim como pelo recurso, com efeitos decorativos, a outras de menor módulo, tudo normal nas inscrições romanas.

 


Transcrição do texto da inscrição:

RVFINVS ET
TIRO SCRIP
SERVNT
VEAMINICORI
DOENTI
ANC.OM
LAMATICOM
CROVGEAIMAGA
REAICOI - PETRAVIOI  R
ADOM - PORC.OMIOVEA.
CAIELOBRIGOI

Pode-se concluir que:
● se trata de um sacrifício a dois deuses (Crougeai Magareaicoi e Rodom Porc.Om a Iovea)
● o sacrifício foi oferecido por dois romanos (Rufinus e Tiro)
● foram dois povos a oferecer o sacrifício (Veaminicori Doenti e Petravioi)
● na toponímia actual conservam-se vestígios dos vocábulos da inscrição (Lamaticom)


 

Casas  e Solares Nobres

Casa da Cerca

 




Data da centúria de Setecentos a construção do palácio e capela das Carrancas, mandada construir por D. Manuel de Vasconcelos Pereira, Bispo de Lamego e que nela residiu. Hoje em dia apenas a fachada preserva a traça original do edifício, sendo que o interior foi completamente modificado, servindo hoje como museu e espaço Internet no R\c, além de nele também estar instalada uma agência bancária, à qual pertence o edifício. Por cima, no primeiro andar funciona o Auditório Municipal antigo.

 


Casa dos Aguilares

século XVIII com origens prováveis medievas é um exemplo do esplendor desta vila beirã, com as suas famílias fidalgas. Fica situada na zona histórica, a mais antiga da vila de Castro Daire. Possui uma capela com a imagem do “Ecce hommo” estando forrada com azulejos azuis e brancos.


Solar dos Mendonça

Edifício do século XVIII, fica situado na rua da Câmara Municipal.

 


Casas nobres de Mões

 




Do séc. XVIII, ostentam os brasões das famílias que nelas habitaram, fazendo recordar tempos em que Mões era sede de concelho, e seria com toda a certeza uma vila de alguma importância no contexto regional. Mões foi concelho desde o séc. XVI, até à reforma administrativa de 1855, altura em que o concelho foi extinto e a freguesia de Mões foi anexada ao Concelho de Castro Daire.


 


Ruínas da Muralha das Portas de Montemuro

 




As ruínas da Muralha das Portas do Montemuro é um sítio arqueológico e está considerado como Imóvel de Interesse Público desde 1974. A estação arqueológica é partilhada com o concelho de Cinfães.
No século XIII já era mencionado nas Inquirições de 1258. Segundo vários autores, o sítio apresenta parcos vestígios de um povoado fortificado da Idade do Ferro, podendo-se considerar como fazendo parte da cultura castreja. Posteriormente, o Castro terá sido reutilizado pelos romanos e durante a Reconquista por D. Afonso Henriques (alguns dos terrenos cincundantes terão pertencido a Egas Moniz).
As primeiras referências ao topónimo Portam de Muro surgem no século XIII, no foral que Egas Gosendes concedeu à Vila de Bustelo.
Portas refere-se a um ponto de passagem e Muro à muralha do povoado. Também era designado pelos pastores e caçadores como Muro das Portas ou apenas Muro.
Existe uma capela perto do local que apresenta características adoptadas pela religião cristã dos locais sagrados ou supostamente sagrados da época pagã.

 

 


Pelourinhos

Pelourinho de Rossão

 




O Pelourinho de Rossão está situado no lugar de Rossão, freguesia de Gosende. Não se tem conhecimento exacto da sua construção havendo quem defenda que data dos séculos XV ou XVI e quem aponte ser de origem  mais tardia (séculos XVII ou XVIII).
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993.
O Pelourinho encontra-se perto de uma habitação que, provavelmente, terá sido a antiga cadeia e casa do concelho.

 


Pelourinho de Mões

 




O Pelourinho de Mões encontra-se situado na freguesia de Mões. Está Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993.
Tudo leva a crer que este Pelourinho seja do século XVII, apesar da data do foral atribuído por D. Manuel I.
O Pelourinho que hoje se pode encontrar em Mões é o resultado da restauração efectuada no ano de 1957.
Junto a ele encontra-se o edifício da antiga câmara/cadeia do concelho onde existe recordações do Foral Novo concedido por el-Rei D. Manuel I, a 7 de Maio de 1514. Este concelho foi dos mais importantes do Reino resistindo à 1ª reforma administrativa em 1836, só sendo extinto por Decreto de 19 de Novembro de 1855.

 


Pelourinho de Campo Benfeito

 




O Pelourinho de Campo Benfeito situa-se no lugar de Campo Benfeito, freguesia de Gosende e está Classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993 (Decreto nº 23 122 de 11 de Outubro).
Este Pelourinho encontra-se no centro de um cruzamento frente a uma fonte. Tudo leva a crer que este monumento já não está no seu local de origem sendo transferido para o actual com o intuito de enaltecer a picota.  A escadaria levou a redução de um degrau. Os antigos privilégios senhoriais também não chegaram aos dias de hoje, não havendo grande conhecimento dos mesmos. Encontra-se inscrita, numa das suas faces, a data de 1731, que provavelmente será a data da sua edificação.


 


Pelourinho de Castro Daire

 




Este Pelourinho encontra-se situado no Bairro do Castelo a alguns metros da Igreja Matriz tendo sido transladado do Cimo da Vila em frente à Capela de S. Sebastião.
Está classificado como Imóvel de Interesse Público desde 1993 (Dec. nº 23122, de 11 de Outubro).